O resgate de duas mulheres de um triste espancamento, foi graças à um terceira

Jully Oliveira, conhecida como Jully Pocahontas, estava de passagem pela Radial Leste durante a semana passada, no dia 12 de março. Quando avistou em meio a essa Avenida movimentada uma cena deplorável. Uma aglomeração de pessoas e duas mulheres sendo espancadas cruelmente.

Nessa aglomeração as pessoas extasiadas não tomavam nenhuma atitude e esperavam o pior. Claro, entre um homem e uma mulher, a força física sempre é maior por parte do homem. Dessa forma, as duas só poderiam sobreviver através de alguma ajuda, algo que não era nítido dentre todas àquelas pessoas presentes.

O que fazer? pensou a modelo fitness. Na verdade, ela não pensou apenas se utilizou de seus instintos e treinamentos específicos ( Jully é faixa preta de boxe chinês). Saber defesa pessoal foi a grande vantagem da modelo e, obviamente, se certificar de que o agressor não estava armado.

A briga começou, segundo Jully Oliveira, pois a mulher mais velha estava se sentindo mal e queria vomitar. O motorista do aplicativo as ameaçou de encerrar o trajeto para conservar o carro limpo. Diante do perigo de ficarem abandonadas durante à noite na Radial Leste, pois ambas estavam sem bateria, elas se negaram a sair.

Nesse momento, iniciou a agressão. A atleta estava voltando de uma academia com o companheiro quando flagrou as duas mulheres sendo agredidas às margens da avenida pelo homem. “Quando a gente passa e vê uma mulher ser espancada, bicuda, soco na boca. Não era tapinha. Coisa pesada mesmo, muito pesada. Falei: ‘para o carro agora’, na hora. Estava numa avenida e não dava para dar ré”, relembra.

“Então eu desci do carro e fui correndo ao encontro do carro que estava parado na avenida para resgatar a mulher… Chegando lá ele entrou no carro e largou a senhora no chão (ela não conseguia andar) e então carreguei ela no colo e sai correndo com ela nos meus braços e ela gritava e chorava ‘MINHA FILHA ESTÁ DENTRO DO CARRO’. Adrenalina era tão grande que eu nem sentia o peso dela”, afirma Jully.

A modelo deixou a senhora aos cuidados do companheiro e foi atrás da mulher mais nova, que estava sendo agredida pelo motorista do app. “O motorista tinha parado o carro mais pra frente e estava agredindo a filha, então sai correndo em direção a ela”, diz. “Chegando lá, não pensei duas vezes e golpeei ele com um soco no maxilar”.

“Imobilizei ele, peguei num mata-leão, quando vi que ele estava quase apagando, virei e amarrei com cadarço dele. Quiseram me bater ainda porque achavam que estava judiando dele”, relata.

15 homens

A modelo, logo após chegar à casa por volta das 4h20 depois de prestar queixa na delegacia, gravou stories no Instagram – e admitiu ter ficado chocada com a falta de reação de 15 homens que apenas assistiam à cena.

“Cheguei tinha uma plateia lá. Não era tapinha, era murro. O engraçado é que tinha tanta gente lá e ninguém fazia nada. A galera parava o carro para assistir. Que mundo a gente vive que não se importam?”, indaga.

“Se eu não chegasse lá, ela estaria morta. Estou sem chão, que mundo é esse? Sejam humanos”, diz.

A postagem da Jully já tem mais de 1 milhão de visualizações, com centenas de parabenizações e agradecimentos. A atleta chegou a ser criticada por algumas pessoas, que alegaram que ela espancou o motorista. A mulher se defendeu afirmando que só usou a arte marcial fora de campeonato para proteger alguém.

E alertou: “BRIGA DE MARIDO E MULHER se mete a colher sim, o braço, o joelho, o que for preciso… Ele bateu em 2 mulheres por ser machão e 1 SOZINHA derrubou, humanidade pfvr”.