Leucina, um divisor de águas
A concentração de leucina é um dos fatores responsáveis para determinar o valor biológico de determinada proteína. Sua concentração está diretamente ligada ao anabolismo, uma vez que ela é o único aminoácido com caráter insulinotrópico e capaz de estimular a via de síntese mTOR/IGF-1, diretamentes relacionadas ao processo de hipertrofia muscular. Esse aminoácido pode ser encontrado em alta concentração na clara do ovo, na proteína do leite em suplementos de bcaa(quanto mais rico em leucina, melhor a qualidade e maior o preço do bcaa) e em farmácias de manipulação.
Através de um estudo(referência abaixo) realizado com homens adultos saudáveis e a ingestão de soluções com 7g de leucina, 7g de leucina+25g de glicose, 25g de glicose e água, pode-se concluir que: a leucina+glicose estimula a liberação de insulina e auxilia na recomposição do glicogênio muscular(comprovado pelo menor nível de glicose comparado quanto a ingestão de glicose isolada) e a de glucagon(sem alterar os níveis de glicose plasmática) se for ingerida na forma isolada.
Sabendo disso, pode-se montar uma dieta muito eficiente com a manipulação de leucina em horários estratégicos, para a estimulação de um desses hormônios antagônicos em determinados momentos, uma vez que a insulina também estimula as vias mtor e é o hormônio mais anabólico, porém inibe a lipólise; e o glucagon estimula a gliconeogênese(e não, a leucina ingerida em estado de jejum não será utilizada como fonte de energia porque ela, assim como a lisina, são os únicos aminoácidos incapazes de participarem desse processo), estimulando a oxidação de ácidos graxos.